Guerra entre Israel e Palestina: causas, história e busca pela paz
Entenda a origem e os principais conflitos entre Israel e Palestina, suas causas históricas, impactos mundiais.
Atualidades

Como surgiu Israel e Palestina?
As raízes desse conflito remontam ao final do século XIX, quando surgiu o movimento sionista, que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina, então parte do Império Otomano.
- Em 1917, a Declaração Balfour, feita pelo Reino Unido, apoiou a ideia de estabelecer um "lar nacional judaico" na região.
- Com a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, a Palestina passou a ser administrada pelos britânicos, enquanto aumentava o fluxo de judeus que migravam para a região.
- Esse processo gerou tensões com a população árabe-palestina, que se sentia ameaçada pela perda de suas terras e identidade.
Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, o número de judeus migrando para a Palestina cresceu ainda mais, intensificando os conflitos.
Histórico do conflito entre Israel e Palestina
Em 1947, a ONU propôs a partilha da Palestina em dois Estados: um judeu e um árabe. A proposta foi aceita pelos judeus, mas rejeitada pelos árabes.
No ano seguinte, foi criado oficialmente o Estado de Israel (1948), o que desencadeou a Primeira Guerra Árabe-Israelense. Como consequência, Israel ampliou seu território, enquanto milhares de palestinos foram obrigados a deixar suas casas, em um movimento conhecido como Nakba (“catástrofe”).
Ao longo das décadas seguintes, ocorreram diversas guerras e conflitos:
- Guerra dos Seis Dias (1967) – Israel conquistou a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
- Acordos de Oslo (1990) – tentaram estabelecer uma solução de dois Estados, mas não foram totalmente cumpridos.
- Conflitos em Gaza (2008, 2014, 2021) – marcaram recentes ondas de violência entre Israel e o grupo Hamas.
Até hoje, o conflito segue sem solução definitiva, com disputas territoriais, políticas e religiosas ainda em aberto.
Significado global do conflito Israel-Palestina
O conflito não afeta apenas o Oriente Médio, mas tem repercussões internacionais:
- Geopolítica: a região é estratégica para o equilíbrio do poder mundial, influenciando alianças e negociações.
- Religião: Jerusalém é uma cidade sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, o que torna a disputa ainda mais sensível.
- Economia: instabilidade política impacta o comércio e o preço do petróleo, afetando mercados globais.
- Segurança internacional: o conflito é usado como justificativa por grupos extremistas, ampliando tensões no cenário mundial.
Principais causas do conflito
As causas são múltiplas, mas as mais relevantes são:
- Disputa territorial: quem tem direito à Faixa de Gaza, à Cisjordânia e a Jerusalém Oriental.
- Questão religiosa: Jerusalém como centro espiritual para três religiões monoteístas.
- Autodeterminação: tanto judeus quanto palestinos reivindicam o direito a um Estado independente.
- Assentamentos israelenses: construções em áreas palestinas aumentam as tensões.
- Memória histórica: guerras, massacres e expulsões marcaram as duas comunidades.
Consequências humanitárias
O conflito trouxe graves impactos para a população civil:
Refugiados palestinos: milhões de pessoas vivem em campos ou no exílio desde 1948.
Violência contínua: confrontos militares, atentados e bombardeios afetam civis de ambos os lados.
Restrição de direitos: bloqueios e limitações de circulação dificultam acesso a saúde, educação e trabalho.
Traumas sociais: gerações inteiras crescem sob tensão, medo e incerteza.
Para o Enem
O conflito Israel-Palestina é um tema de grande relevância para o Exame Nacional do Ensino Médio, já que envolve atualidades, geopolítica, relações internacionais e direitos humanos — áreas frequentemente cobradas na prova. Esse assunto pode aparecer em diferentes formatos e exige que o estudante tenha não apenas o domínio do conteúdo histórico, mas também a capacidade de análise crítica e interpretação de textos.
Na prova de Ciências Humanas, por exemplo, é comum encontrar:
Questões de Geografia e História, relacionando a disputa territorial à formação do Estado de Israel, à diáspora palestina ou ao papel de potências internacionais no Oriente Médio;
Análises de mapas, gráficos ou charges políticas, que pedem para interpretar dados sobre ocupações de territórios, fronteiras e movimentos migratórios;
Textos jornalísticos ou documentos históricos, que exigem leitura atenta para identificar causas, consequências e interesses por trás do conflito.
Na Redação, o tema pode surgir de forma indireta. Propostas sobre paz mundial, tolerância religiosa, direitos humanos ou deslocamentos populacionais podem ser conectadas ao contexto Israel-Palestina como repertório sociocultural válido. Um candidato bem preparado consegue usar esse exemplo para enriquecer a argumentação, mostrando domínio de atualidades e capacidade de relacionar acontecimentos globais ao tema central da proposta.
👉 Em resumo, estudar o conflito Israel-Palestina não é apenas aprender um conteúdo específico, mas também treinar a leitura crítica e a habilidade de conectar fatos históricos e sociais às competências avaliadas pelo Enem.
Exercício comentado
Questão (Enem – adaptada):
O Oriente Médio é uma região de intensos conflitos políticos e religiosos. Entre eles, destaca-se a disputa entre Israel e Palestina, cuja principal causa é:
A) A luta pelo controle dos recursos minerais.
B) A divisão da península Arábica após a Primeira Guerra Mundial.
C) A disputa territorial e religiosa em torno da Palestina e de Jerusalém.
D) A Guerra Fria e a influência dos EUA na região.
E) O surgimento do movimento pan-africanista no século XX.
Resolução:
A alternativa correta é C, pois a causa central do conflito está ligada à disputa por territórios (Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém) e questões religiosas.



