Em 18 de maio, é celebrado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, uma data que marca a resistência contra práticas de exclusão e violência em instituições psiquiátricas.
A luta antimanicomial envolve direitos humanos, inclusão social e a construção de novas práticas de cuidado em liberdade para pessoas em sofrimento psíquico.
O movimento surgiu no Brasil na década de 1980 e segue ativo, especialmente no contexto universitário, onde cursos como Psicologia, Enfermagem, Serviço Social, Medicina e áreas afins formam profissionais preparados para atuar com ética e empatia.
Origem da Luta Antimanicomial no Brasil
A luta antimanicomial brasileira tem como marco o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental de Bauru, realizado em 1987.
Foi nesse evento que nasceu o manifesto “Por uma sociedade sem manicômios”, questionando o modelo de internação prolongada em hospitais psiquiátricos e exigindo uma reforma profunda na forma de tratar a saúde mental.
Segundo o portal do Ministério da Saúde, a Reforma Psiquiátrica Brasileira ganhou força com a promulgação da Lei nº 10.216/2001, conhecida como Lei Paulo Delgado, que “dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental” (Ministério da Saúde).
O que defende o movimento antimanicomial?
O movimento propõe o fim das internações manicomiais e a construção de uma rede de cuidado psicossocial baseada na liberdade, no respeito e na dignidade. Entre os pilares defendidos estão:
Substituição de hospitais psiquiátricos por CAPS (Centros de Atenção Psicossocial);
Tratamento em liberdade com inserção comunitária;
Direitos civis garantidos às pessoas com transtornos mentais;
Fim do estigma e da segregação social.
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (CFP), “a internação deve ser a última medida e, sempre que possível, substituída por cuidados comunitários e familiares” (CFP).
A relação do Ensino Superior na Luta Antimanicomial
Formação acadêmica crítica e humanizada
A atuação profissional em saúde mental requer uma formação que vá além do conteúdo técnico. É essencial que o estudante compreenda os aspectos éticos, sociais e políticos do cuidado em saúde mental.
Dessa forma, cursos de graduação em Psicologia, Enfermagem, Serviço Social e Medicina desempenham papel estratégico.
Além disso, em universidades comprometidas com os direitos humanos, a Luta Antimanicomial é abordada em disciplinas, projetos de extensão e pesquisas científicas.
Segundo a Fiocruz, “a luta antimanicomial é também uma luta pela formação de profissionais sensíveis ao sofrimento humano e capacitados a atuar fora da lógica excludente dos hospitais psiquiátricos”.
Interdisciplinaridade e ação social
A complexidade da saúde mental exige ações conjuntas. Por isso, a formação universitária deve favorecer a interdisciplinaridade, promovendo o diálogo entre áreas como Psicologia, Direito, Sociologia, Educação e Saúde Coletiva.
Nesse sentido, a Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME) reforça que “as universidades têm papel estratégico ao preparar profissionais para o cuidado em liberdade e para fortalecer as políticas públicas antimanicomiais”.
Desafios e perspectivas futuras
Apesar dos avanços, a luta antimanicomial enfrenta retrocessos. Dados do Observatório de Saúde Mental da Fiocruz alertam que o número de leitos em hospitais psiquiátricos ainda é expressivo no Brasil, e a desativação dessas estruturas avança lentamente.
Além disso, há um movimento de tentativa de retorno ao modelo asilar, o que gera preocupação entre especialistas.
Por isso, é papel do ensino superior manter viva a memória da luta, formar profissionais conscientes e defender o modelo de cuidado centrado no ser humano.
Universidades comprometidas com a transformação social devem promover o debate sobre a saúde mental desde os primeiros períodos dos cursos, com vivências reais e projetos que aproximem os estudantes das redes de atenção psicossocial.
Ensino Superior: pilar de uma nova sociedade
Em referência ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial (18 de maio), a UniFECAF promoveu uma mostra cultural interdisciplinar e sensível, com o objetivo de conscientizar a comunidade acadêmica sobre a importância da luta pelos direitos das pessoas em sofrimento psíquico.
A atividade contou com a participação ativa de alunos do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), que trouxeram vivências, expressões artísticas e reflexões potentes sobre o cuidado em liberdade.
A programação incluiu exposições, performances, poesias, intervenções visuais, além de um espaço interativo com a “Caixa do Desabafo” e as “Pílulas de Afeto”, onde os participantes puderam escrever mensagens anônimas, desabafar livremente e trocar palavras de carinho e incentivo.
A proposta visou estimular o acolhimento, a empatia e o diálogo aberto sobre saúde mental dentro do ambiente universitário.
Encerrando o evento, uma palestra motivacional destacou o papel transformador dos futuros psicólogos, reforçando a importância de sua atuação ética, humana e comprometida com os princípios da reforma psiquiátrica.
A ação foi realizada com o apoio de projetos sociais da região e organizada pela coordenadora do curso de Psicologia da UniFECAF, Paula Coimbra, reafirmando o compromisso da instituição com a formação cidadã, a valorização da saúde mental e a promoção de um ensino superior conectado às demandas da sociedade.
Este é um excelente motivo para você escolher a UniFECAF e se matricular no curso de Psicologia, onde o ensino vai além da teoria: aqui, você aprende a cuidar com empatia, atuar com ética e transformar vidas de verdade.
Receba a grade curricular do curso de Psicologia da UniFECAF
"A verdadeira revolução na saúde mental começa quando cuidamos com o coração, ouvimos com empatia e educamos para a liberdade. Que essa luta siga presente em cada aula, em cada ação e em cada profissional formado".
Inscreva-se já e se torne um coração azul!
Seu sonho, nossa meta! 💙
Siga a UniFECAF nas redes sociais: