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Moda 60+ e Ensino Superior: preparando profissionais para um mercado sem idade

Imagem do(a) autor(a) do texto - Viviane S. Lhacer em parceria com Experta MídiaPor  Viviane S. Lhacer em parceria com Experta Mídia 26 de Novembro de 20254 min para ler
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Instrumento de expressão e liberdade, moda desafia padrões e rompe estereótipos sobre envelhecimento

 

Enquanto há aqueles que ainda pensam que envelhecer está associado à fragilidade ou à invisibilidade, reforçando a ideia de que, com o passar dos anos, é preciso se recolher e abandonar certos hábitos, inclusive na forma de se vestir, a moda chega para quebrar esse estereótipo. É o que aponta um estudo publicado no ResearchGate, que mostra um exemplo de como a moda pode atuar na ressignificação do envelhecimento.

A pesquisa analisa o perfil @Gramparents, criado por Kyle Kivijärv em 2016, no Instagram, que reúne imagens de pessoas idosas de diferentes partes do mundo expressando sua autenticidade e estilo por meio das roupas. A página, com mais de 250 mil seguidores, propõe uma nova leitura sobre o envelhecer: longe da ideia de neutralidade estética, celebra o humor, a elegância e a confiança de quem veste o que gosta. 

As imagens mostram pessoas de várias idades combinando peças de diferentes estilos, seja em produções mais ousadas ou composições clássicas, como calças de alfaiataria e blusas femininas básicas.

 

O estudo sugere que a moda é um gesto de resistência e autoafirmação para aqueles que por muito tempo foram silenciados pelo etarismo, que faz com que as pessoas sejam marginalizadas e restritas a determinado estilo de roupa após atingirem uma determinada idade.

No entanto, a forma livre com que os participantes se expressam nas imagens, aliada às reações positivas do público, revela um movimento crescente de valorização da maturidade como um período ativo, potente e merecedor de reconhecimento.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) destaca que, hoje, a população idosa viaja com mais frequência, pratica atividades físicas e investe mais em lazer, beleza e vestuário. Contudo, as opções da moda ainda são limitadas para esse público, que se depara com a ultrapassada ideia de “roupa para a terceira idade”.

Para a cofundadora e diretora criativa da MyBasic, Carolina Pucci, essa mudança de perspectiva deve passar pela valorização da moda atemporal, que ultrapassa tendências e se adapta a diferentes estilos de vida. Ela acredita que não há restrições quando o assunto é idade e que mulheres maduras podem usar cores e peças que quiserem, desde que se sintam bem. Peças como vestidos básicos, por exemplo, são versáteis e democráticas: transitam com facilidade entre ocasiões e valorizam diferentes corpos e idades. 

O Sebrae também aponta que as roupas precisam prezar pelo conforto, funcionalidade e segurança, sem deixar de traduzir estilo e personalidade.  “Essa é a essência de uma moda verdadeiramente inclusiva, aquela que respeita o tempo, o corpo e a história de quem veste”, concorda Pucci.

 

Moda 60+ impulsiona novas oportunidades no mercado

Segundo o Sebrae, a longevidade da população também pode se traduzir em novas oportunidades de negócio. Para isso, é preciso entender que a imagem de que pessoas com mais de 65 anos são idosos reclusos, de cabelos brancos e pouco preocupados com a aparência não corresponde à realidade. Esse público espera viver com qualidade e exige do mercado novos serviços, produtos e posicionamentos.

Pensando nisso, o Sebrae ressalta que é necessário uma mudança de comportamento por parte dos empreendedores. Em vez de falar em “roupas para pessoas da terceira idade”, a recomendação é investir em “moda para a terceira idade”, pensando em produtos que atendam aos anseios e necessidades, como o conforto, sem abrir mão da beleza das peças.

A instituição também orienta que, para atender o público 60+, as estratégias de marketing devem incluir representatividade: as pessoas precisam se ver refletidas nas campanhas, nas vitrines e nas redes sociais. 

A acessibilidade digital também deve fazer parte dessa adaptação. Segundo o analista de competitividade do Sebrae, Flávio Barros, é preciso fazer um aplicativo o mais amigável possível, com poucos cliques, simplificado, com fontes legíveis e tamanhos maiores. 
“É muito comum os empreendedores abrirem negócios on-line somente para o jovem e se esquecerem dessa parcela considerável de consumidores”, analisa.

O Sebrae reforça a importância de oferecer atendimento de excelência, com orientação na escolha das peças e um ambiente acessível, que acolha as demandas e particularidades desse público.

Nesse cenário de transformação e abertura para novos públicos, a UniFECAF também reconhece a importância de compreender as mudanças culturais e comportamentais que marcam o consumo contemporâneo, inclusive na moda 60+. Embora não ofereça o curso de Moda, a instituição conta com formações em áreas como Design e Marketing, que dialogam diretamente com as demandas desse segmento. Com foco em tendências, inovação e um olhar humanizado, esses cursos preparam profissionais capazes de criar soluções criativas e inclusivas, atentos às necessidades de diferentes gerações. 

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