A busca por como ser professor de educação física tem crescido no Brasil, refletindo o aumento da procura pelos cursos da área.

Em um cenário de maior preocupação com a saúde, o bem-estar e a prática esportiva, compreender o caminho para se tornar professor é essencial para quem deseja atuar em escolas, academias, clubes esportivos ou até no ensino superior.
Segundo o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), já são mais de 600 cursos de graduação em Educação Física espalhados pelo país, um dado que evidencia a valorização da profissão e a demanda crescente por profissionais qualificados.
Formação necessária: graduação em educação física
O primeiro passo para ingressar na carreira é realizar uma graduação em educação física. No Brasil, há duas modalidades principais de formação.
A licenciatura é voltada para quem deseja atuar em escolas de ensino fundamental e médio. O curso oferece bases pedagógicas, didática e metodologias de ensino que capacitam o profissional a trabalhar diretamente na educação básica.
Já o bacharelado destina-se a quem pretende atuar em academias, clubes, centros esportivos, clínicas de reabilitação ou em projetos voltados à saúde e qualidade de vida.
Essa formação privilegia disciplinas ligadas à fisiologia, cinesiologia, biomecânica e treinamento esportivo, preparando o estudante para ambientes de prática e acompanhamento físico.
Registro profissional e regulamentação
Concluir a graduação não é suficiente para iniciar a carreira. A legislação brasileira exige que todo professor de educação física tenha registro no Conselho Regional de Educação Física (CREF) de sua região.
A Carteira de Identidade Profissional (CIP) emitida pelo conselho é um documento oficial e obrigatório para exercer a profissão, garantindo respaldo legal e reconhecimento do trabalho.
Etapas de desenvolvimento profissional
O caminho de como se tornar professor de educação física envolve diferentes fases, todas essenciais para consolidar a carreira e garantir atuação de qualidade.
Não se trata apenas de concluir uma graduação, mas de passar por um processo contínuo de aprendizado, regulamentação e aperfeiçoamento.
Escolha da graduação
O primeiro passo é decidir a modalidade de curso. A licenciatura é indicada para quem deseja lecionar no ensino fundamental e médio, desenvolvendo competências pedagógicas. Já o bacharelado prepara o profissional para atuar em academias, clubes, clínicas ou projetos de saúde e bem-estar.
Essa decisão inicial é determinante para definir o perfil de atuação e abrir caminhos específicos dentro da profissão.
Vivência no estágio supervisionado
Durante a formação, o estágio supervisionado é um dos momentos mais relevantes. É nele que o estudante tem contato direto com a prática pedagógica, aprendendo a lidar com diferentes faixas etárias e contextos sociais.

Essa experiência prática ajuda a consolidar os conhecimentos adquiridos em sala de aula e possibilita que o futuro professor de educação física desenvolva suas próprias estratégias de ensino.
Conclusão do curso e registro profissional
Ao final da graduação em educação física, o recém-formado precisa se registrar no Conselho Regional de Educação Física (CREF).
Esse registro não é apenas uma formalidade: ele é uma exigência legal e garante que apenas profissionais habilitados atuem no mercado.
Com a Carteira de Identidade Profissional (CIP), o professor passa a ter respaldo jurídico e reconhecimento institucional.
Educação continuada e especializações
A profissão exige atualização constante. Cursos de curta duração, oficinas, especializações e até pós-graduação lato sensu ou stricto sensu são fundamentais para acompanhar as mudanças nas metodologias de ensino e nas tendências do setor esportivo e de saúde.
Essa busca por qualificação aumenta as chances de empregabilidade e abre portas para áreas mais específicas, como treinamento esportivo, fisiologia do exercício, educação inclusiva ou gestão esportiva.
Experiência e construção da carreira
Com a formação consolidada e o registro em mãos, o próximo passo é ingressar no mercado de trabalho.
No início, muitos profissionais atuam em estágios, projetos sociais ou escolas de menor porte, mas ao longo da trajetória podem conquistar posições em instituições de renome, universidades ou até empreender com seus próprios negócios.
A prática diária, aliada ao aprendizado contínuo, é o que realmente consolida a identidade profissional.
Caminho para a docência universitária
Para aqueles que desejam lecionar no ensino superior, o processo envolve continuidade nos estudos. O mestrado é requisito básico, seguido pelo doutorado para quem pretende avançar na carreira acadêmica e na produção científica.
Essa etapa exige dedicação à pesquisa, publicações e participação em eventos acadêmicos, consolidando a figura do professor como pesquisador e formador de novos profissionais.
Áreas de atuação
A carreira de professor de educação física é bastante versátil e oferece múltiplas possibilidades de atuação.
No ensino básico, o licenciado encontra espaço em escolas públicas e privadas, contribuindo diretamente para a formação integral de crianças e adolescentes, com foco no desenvolvimento motor, cognitivo e social.
Já o bacharel possui um campo de trabalho mais amplo no universo esportivo, podendo atuar em academias, clubes, centros de reabilitação, clínicas e projetos voltados à saúde, desenvolvendo desde programas de condicionamento físico e reabilitação até o treinamento de atletas de alto rendimento.
Outra vertente promissora é a carreira acadêmica, que exige continuidade dos estudos em nível de mestrado e doutorado, permitindo lecionar em universidades, desenvolver pesquisas científicas e formar novas gerações de profissionais.
Além disso, há espaço crescente para empreendedores que desejam abrir estúdios próprios, atuar como consultores ou liderar projetos sociais.
De acordo com dados do CREF4/SP, somente a região de Campinas já conta com mais de 24 mil profissionais registrados, um indicativo da força desse mercado, mas também da necessidade de diferenciação e qualificação contínua para conquistar as melhores oportunidades.
O mercado de trabalho da Educação Física é competitivo?
O mercado de trabalho para professor de educação física é promissor, mas bastante competitivo.
Segundo o Portal Salário, docentes do Ensino Fundamental recebem, em média, R$ 3.997,57 mensais, enquanto no Ensino Médio a remuneração gira em torno de R$ 3.211,15.
Já no Ensino Superior, o salário médio é de R$ 3.107,00, podendo ultrapassar R$ 6.000 em universidades públicas.
Apesar das oportunidades, o grande número de profissionais registrados nos conselhos regionais intensifica a concorrência. Isso torna essencial a busca por especializações, atualização constante e diferenciais que ampliem a empregabilidade.
Como afirma o CONFEF, “a qualidade do trabalho do professor depende de sua formação inicial, mas também de seu compromisso com a educação continuada”.
Como se tornar professor concursado?
Para seguir o caminho da docência pública, o primeiro passo essencial é ter o diploma de Licenciatura em Educação Física, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), que habilita o profissional para lecionar no ensino fundamental e médio.
Em seguida, é obrigatório obter registro junto ao Conselho Regional de Educação Física (CREF), garantindo respaldo legal tanto para a atuação como docente quanto para a participação em concursos públicos da área.
Além disso, muitos processos seletivos exigem experiência anterior e outros requisitos específicos, que devem ser conferidos edital por edital.
O ingresso como professor concursado geralmente envolve a realização de provas objetivas, avaliação de títulos e, em nível universitário, análise de currículo acadêmico.
Para atuação no ensino superior, por exemplo, é indispensável o mestrado, e até mesmo o doutorado, conforme o nível do concurso.
A trajetória de um docente concursado inclui ainda a permanência em cargos de carga horária e plano de carreira definidos, o que pode garantir certa estabilidade e progressão salarial, exigindo, porém, preparo técnico e acadêmico robusto.
Mercado de trabalho e perspectivas
O mercado para professor de educação física vem se expandindo em resposta à valorização da saúde, prevenção de doenças e qualidade de vida.
O aumento da procura por atividades físicas regulares e programas de bem-estar cria um ambiente favorável tanto para quem deseja atuar no ensino formal quanto para profissionais que buscam espaço em academias, clubes, empresas ou iniciativas sociais.
Perguntado sobre como é a carreira de um professor de Educação Física, o Prof. Solival Filho orienta: "A formação é essencial, principalmente para quem deseja seguir na área acadêmica. Quanto mais sólida a base de conhecimento, mais preparado você estará para ensinar, pesquisar e contribuir com o desenvolvimento do esporte e da saúde.”
No entanto, o alto número de profissionais registrados nos conselhos regionais demonstra que a competitividade é significativa. Por isso, investir em especializações, cursos de aperfeiçoamento e até em novas abordagens pedagógicas ou esportivas é um diferencial decisivo para se destacar.
O cenário futuro é promissor, especialmente para aqueles que unem formação sólida, atualização constante e espírito inovador.
Ser professor de educação física é assumir um compromisso não apenas com o ensino de esportes, mas com a formação de cidadãos mais ativos, conscientes e saudáveis.

O caminho exige dedicação desde a graduação, passando pelo registro no CREF e pela busca constante de atualização.
Com essas etapas bem consolidadas, é possível construir uma carreira sólida e diversificada, que vai da sala de aula à pesquisa acadêmica, dos projetos sociais às academias e clubes de alto rendimento.
Na UniFECAF, os futuros profissionais contam com uma formação que integra teoria e prática, preparando-os para enfrentar os desafios do mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, para transformar vidas por meio da educação e da atividade física.
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